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domingo, 30 de outubro de 2011

Destruição na Babilônia Moderna

Destruição na Babilônia Moderna

A idéia de união entre todos os seres humanos, para nós, não é nada além de uma história imaginária de criança. De volta à babilônia, alguém teve uma idéia para unir a humanidade. Hoje, as necessidades do nosso mundo precisam de união mais do que nunca.

 

“… somos como uma pilha de nozes unidas dentro de um saco. Tal nível de unidade não as torna em um corpo integrado. Cada mínimo movimento do saco as sacode e as separam. Elas, por sua vez, parcialmente se unem novamente. Tudo que falta para elas é a unificação que vem de dentro. Qualquer força de unificação é devida a um incidente externo. Isso é lamentável.”
Rabbi Yehuda Ashlag (Baal HaSulam),
HaUma (A Nação)

 
Unidade. É o que sentimos de vez em quando em momentos que nos aproximam como pessoas. Celebramos os feriados Judaicos, cada um de sua forma pessoal, e compartilhamos muitas experiências coletivas enraizadas na nossa cultura.
Mas tais experiências não são suficientes para nos garantir uma sensação verdadeira de pessoas unidas. Como BaalHaSulam colocou de forma alegórica, para o espectador, parecemos ser as nozes dentro de um saco, unidos somente pela “roupa” que nos mantém juntos. Qualquer batida que vir de fora balançará o conteúdo para e, a partir de, quando pressionadas, se unirão. Quando nada as forçar (força do lado externo), elas permanecerão desunidas.
Obviamente, esse tipo de unidade não faz nos sentirmos como um.

O que torna as pessoas em “uma”?

231 anos atrás, os Estados Unidos declararam sua independência. Seus residentes vieram de toda parte da Europa, África e Ásia. Havia Cristãos, Judeus e outros de muitas religiões e nacionalidades - que deixaram sua terra natal para ir à “terra das oportunidades ilimitadas”. Essas pessoas, separadas pela linguagem, fé e cultura, tinham algo em comum – um desejo forte por um futuro novo e melhor. Então, elas cruzaram suas diferenças e seguiram adiante para estabelecer um vasto sistema de trocas.
Diferente dos Estados Unidos, onde pessoas de diversas nações se uniram amplamente para estabelecer um país baseado no lucro e benefício - países Europeus foram fundados em um passado étnico comum. Inglaterra, França, Rússia, Alemanha e outros países, foram englobados de tribos da mesma raça. Para essa províncias, uma origem comum era a força de união. É fácil pensar que os Judeus, também, compartilharam uma mesma origem. No entanto, geneticamente falando, “não existe gene judeu”.

Um Tipo Diferente de Unidade

Para entender sobre em o que “O povo judeu” foi fundado, precisamos realizar uma pequena viagem à Babilônia, 5.000 anos atrás.  Mesopotâmia, e, especialmente, sua capital, a Babilônia, foi um local de fusão, como a Nova Iorque atual. De fato, de várias formas, Mesopotâmia é o berço da civilização. De volta então, a humanidade foi formada como uma agregação de clãs. Uma proximidade instintiva, como a animal, fazia as pessoas se sentirem próximas uma das outras, como uma família.

Mas enquanto o tempo passou, o egoísmo humano se intensificou e começou a afastar as pessoas umas das outras e a aliená-las. Elas foram ficando interessadas pelo auto interesse, ignorando as necessidades dos outros. Após muito tempo, exploração e ódio surgiram.
Um dos Babilônios pôde ver como a humanidade, antes, uma família entusiasmada, foi se tornando em uma caverna de leões. Mas isso não foi tudo que ele viu. Abraão entendeu que por trás dessa face egoísta, a humanidade era, de fato, uma única, coletiva entidade como células num corpo.
Abraão entendeu um ponto crucial: uma vez que a humanidade transcender o egoísmo e se reunir como uma única entidade, vai se adaptar à inclusiva força do amor que une todas as partes da criação – o criador.

Armado com essa nova percepção, Abraão começou a desenvolver um método capaz de permitir que todas as pessoas transcendam seus egos e conectem-se ao criador.  No entanto, poucos dos contemporâneos de Abraão expressaram qualquer zelo para corrigir os seus egos. A minoria que seguiu seu método se tornaria o primeiro grupo de cabalistas na história. No final das contas, esse grupo cresceu e é o que conhecemos agora como “as pessoas de Israel”.
Porque foram chamadas de “Israel”? Ysrael (Israel) é uma combinação de duas palavras: Yashar (direto) e El (Deus). Então, Israel significa “Direto para Deus”. O nome implica a essência da unidade entre as pessoas de Israel. Uma profunda, eterna ligação que as conecta à natureza por si mesma, além da raça, nacionalidade ou considerações pessoais.

Distante do olhar público

Desde que o egoísmo humano continuou a crescer a novos altos (ou baixos), o pessoal de Israel gradualmente perdeu sua unidade, bem como união com a natureza inclusiva do Criador. Isso aconteceu em dois estágios chamados “a ruína do primeiro e segundo templo”.
Eventualmente, somente alguns poucos escolhidos foram deixados, que sentiam a imensidade da natureza. E por aproximadamente dois milênios, longe do olhar público, essas pessoas, que chamamos de “cabalistas” continuaram a desenvolver método de correção do Abraão e adaptá-lo ao (ainda) crescente ego da humanidade.

Conseqüentemente, durante anos, a cabala autêntica ficou escondida no mistério, imersa em conceitos errados, e, logo depois, manchada pelo comércio.

Cabalistas estiveram preparando o método por um longo tempo quando a humanidade alcançaria o máximo do egoísmo. Nesse ponto, o método estaria pronto e seria motivador usar a cabala como um método de correção, como nada mais. Agora, o tempo chegou.


Vivendo na Babilônia Atual

Hoje, nossas vidas não são muito diferentes dos que viveram na antiga babilônia. Reconhecidamente, nós temos uma variedade de comidas, roupas, comunicação de alta tecnologia, transporte de alta velocidade e sabe-se lá o que mais. E ainda, nosso mundo é inundado por corrupção, ódio, segregação, terrorismo e outras formas de ameaça. Ficamos tão “habituados” com o ódio e dor, e tão cínicos, que idéias como “amor pelo homem” parecem absurdas, se não, inconcebíveis.

O quanto mais a crise global evoluir, mais dedos acusatórios estarão apontando para os judeus.  Razão é simples: a natureza puxa todas as suas partes em unificação, como um magneto no centro do seu campo. Mas para ser atraído para o meio, precisamos programar a correção ou método de - desenvolvido e guardado por Israel. Enquanto nós não estivermos usando o nosso método de correção, toda a humanidade vai permanecer encalhada, além da tensão entre onde devemos estar e se vamos continuar a crescer. Como resultado, conscientemente ou não, outras nações são motivadas a fazer com que Israel avance.

Nós, judeus, devemos reconhecer o mérito da sabedoria que possuímos e devemos colocá-la em prática. A autêntica sabedoria da Cabala não tem nada a ver com qualquer tipo de misticismo ou crença. É, na verdade, um método sistemático, impresso na própria natureza, mirado em elevar a humanidade a sua próxima fase evolucionaria.
Quando encontrarmos dentro de nós o desejo para reviver nossa unidade interna, vamos descobrir a lei natural do amor que espera todos os seres humanos, o tipo de amor que estamos intencionados a espalhar através do mundo. Nas palavras do profeta Isaias, nós seremos “a luz para as nações”.

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domingo, 23 de outubro de 2011

ÁGUAS DO AMOR


Um homem sábio uma vez disse que nossos corações são como pedras, e que os nossos bons atos em relação a cada um são como águas que caem bem no centro dessas pedras. Pouco a pouco, as águas cavam uma cratera no coração do individuo, onde a abundância do amor pode ser despejada.


Como nós sabemos, o desejo de doar é a fonte de todo prazer na vida, e o desejo de receber é o que dá forma a esse prazer. Através do bem que fazemos às pessoas, criamos nelas um desejo de receber mais prazer em ser amadas.

É claro, todos nós queremos ser amados, mas muito pouco de nós acreditamos que isso irá acontecer um dia. Mas se decidirmos coletivamente dar amor uns aos outros, mesmo se na verdade não o sentimos nós reacenderemos em nossos próximos, homens e mulheres, a convicção de que o amor é possível. E eles serão realmente recíprocos, porque é o que sentem em seus novos e amaciados corações.

Tudo isso pode parecer não cientifico e irracional, porém funciona porque está em harmonia com as forças mais fundamentais da vida – o desejo de doar e o desejo de receber. E uma vez que usarmos alguma força extra quando explorarmos um território que não nos é familiar, existem varias técnicas que podem aumentar as nossas chances de sucesso. Os nossos estudos fornecem uma visão de que a vida será num mundo equilibrado.



O Criador criou a criação para doar total bondade a ela, o que significa que nos da oportunidade de doar e amar. Quando nós fizermos isso, significará que Ele nos preenche com todos os prazeres.

Deleitar a criação não significa satisfazer os nossos desejos egoístas de todas as formas. Ao contrário, quando os meus desejos mudam de egoístas para altruístas, isso abre a possibilidade de doação para mim, que se torna prazer. Isso se chama ser preenchido pelos prazeres do Criador, pela Luz que preenche todo o universo.

Nossa atitude para com esta nova criação, em cujo limiar nos encontramos, é semelhante a entrar em certo clube privilegiado, onde as únicas pessoas autorizadas a entrar são aquelas que têm qualidades especiais e somente por meio de um convite especial. Antes de entrar ali, você tem que receber permissão, um passe de entrada, e para isso você deve primeiro estudar o sistema de relações que existe entre todos os seus membros.

Neste “clube” alguns participantes são muito importantes e outros menos, e eles têm todos os tipos de relacionamentos entre si: familiar, empresarial, amigável e outros, ou seja, eles estão conectados através de todas as formas de conexões. Se você estabelecer contato com cada pessoa e tornar-se incluído nesta conexão com todos, combinando-se corretamente com todo este sistema e sabendo como ativá-lo, então você será capaz de usá-lo para beneficiar.

É assim que o sistema de mundos opera a rede espiritual que nós estamos entrando. Eu tenho que saber que relações existem entre todos os seus elementos. Isso significa que eu tenho que estudar a sua estrutura constante, chamada de VAK (pequeno estado).
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Nós temos que aprender com a ciência da Cabalá antes do tempo, antes de entrar no sistema superior. O estudo cria qualidades especiais dentro de nós e nos aproxima da entrada no sistema superior. Pela força do nosso desejo de atingir este sistema, eu desperto a influência dele sobre mim, e algum tipo de fluido ou fluxo de energia chega até mim de lá, aproximando-me dele.

Afinal, eu quero chegar lá! Está escrito: “Eu estou para o meu amado e Ele está para mim”. Isto é chamado de a preparação para a ascensão no sistema superior. E quando eu finalmente entro lá, isso se chama um novo começo.










Publicado em 4 de outubro de 2011 no Blog  laitman.com.br
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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

CIRCULAÇÃO DA CABALÁ: SIMPLES E NO PONTO CERTO – GARANTIA MUTUA


Como podemos garantir que a circulação de informação da Cabalá não seja vista com antagonismo?
Dr Laitman: A abordagem é simples. Primeiro de tudo, nós circulamos o conhecimento em relação à crise, sem assustar as pessoas, mas mostrando-lhes a situação real. E a situação é que estamos em frente à natureza global, integral. Sabemos de biologia, zoologia, cibernética, física, astrofísica e outras disciplinas que a natureza é global e todas as suas partes são interligadas, todas elas estão em homeostase, harmonia e equilíbrio. Todas, exceto o homem.

O homem foi intencionalmente direcionado para o caminho egoísta de desenvolvimento que durou até o nosso tempo. E agora nos encontramos em crise no que diz respeito à natureza. Em seu desenvolvimento, a sociedade humana tornou-se um sistema global e entrou em um conflito direto com a natureza.



Existimos dentro da natureza, estamos em frente a ela. Este é o núcleo da crise: Nós não correspondemos à natureza. E até chegarmos a concordância com ela, nós vamos nos sentir mal. Isto é o que acontece durante uma mudança de parâmetros, seja temperatura, pressão ou qualquer outra coisa.

Assim, por não nos adaptarmos ao ambiente, temos experiência de crise. Isto mostra o que pode ser feito como a sociedade humana pode corresponder à natureza. Esta correspondência significa que temos que harmoniosamente ligar-nos entre nós e com a natureza. Demandar harmonia de receber e dar de uma forma equilibrada. Afinal de contas, apenas duas forças atuam na natureza:. Recepção e doação.

Se implementar essa abordagem, tanto na sociedade humana, e também em relação ao mundo exterior, nossa vida vai ser boa. Milhares de artigos científicos atestam isso. Nós só precisamos mostrar, explicar para as pessoas. Nós não dizemos nada de nós mesmos, nós simplesmente organizamos os materiais e o apresentamos: Olha, isso é o que constitui o nosso problema. Economistas, cientistas, sociólogos falam sobre isso. Por isso, vamos encontrar uma solução de acordo com seu diagnóstico. Vamos nos curar. “Nós não empregamos a sabedoria da Cabala ou a religião nas nossas explicações”. Nós apenas apresentamos os dados científicos disponíveis corretamente e levamos às pessoas.

Isso levanta uma questão. Como corrigir nossas relações? Como corrigir o homem? Em resposta, explicamos o que está descrito no artigo de Baal HaSulam “A Liberdade” e outros materiais: O homem é um resultado do ambiente e, portanto, precisamos mudar o ambiente para que ele afete a todos de uma maneira diferente. Temos que artificialmente, usando jogos, criar entre nós o ambiente correto.

A influência do ambiente que eu construo me transforma. Sim, eu jogo, eu finjo, na realidade, eu não tenho nenhum desejo de ser agradável e receptivo. No entanto, eu criei um ambiente grande que me influencia de diferentes maneiras, e graças a isso eu mudo.

Isto é o que temos que fazer, semelhante à forma como as crianças crescem. Ao construir o ambiente e sentir mudanças em mim mesmo, eu conheço minha natureza e a Natureza em geral. Eu torno-me sábio, como o Criador, e me elevo ao Seu grau. Este é o nosso objetivo: Não para resolver a crise e ter uma boa vida no nosso mundo, mas para nos elevar ao grau seguinte, corrigindo a crise.

SOMENTE FATOS

Tudo depende da explicação correta; em outras palavras, da educação. Este é todo o trabalho hoje dentro da Cabala. Independentemente dos pontos de vista da pessoa, eu só quero mostrar a todos que a minha mensagem não vem de mim; ela não é a minha opinião pessoal nem a minha religião. Esta é a natureza das coisas; verifique e certifique-se por si mesmo. Claro, eu deveria preparar e adaptar o material para tornar a minha apresentação adequada ao público. Mas, no geral, a minha tarefa é apresentar os fatos. Imagine que uma pessoa está saltando do 100º andar porque ao nível do 99º andar um tecido verde é esticado, que lhe parece ser um gramado. Então, eu preciso afastar esta “grama” ilusória antes da hora e mostrar-lhe a real distância do chão.

PASSAR CONHECIMENTO NÃO ORDENS

Hoje nós devemos explicar a todos o que acontecerá se cumprirmos a fórmula da garantia mútua — conforme ela está sendo revelada. Na realidade, nós estamos falando de Malchut do mundo do Infinito corrigida e equilibrada, mas nós somos guiados pelo momento atual. Ao ignorar a fórmula da garantia mútua, nós sofreremos uma perda; nós simplesmente devemos aprender a obedecer a seus parâmetros.

Portanto, nossa abordagem é informativa. É assim que os alunos são ensinados numa universidade, de modo que depois eles possam aplicar o conhecimento recebido na vida. A pessoa precisa aprender a reciprocidade nas suas inter-relações com os outros, e tem que aprender isto sozinha, sem receber panfletos de nós.

Hoje, praticamente não há profissões que não exijam inteligência da pessoa. Afinal de contas, ela não é um animal. Deixe-a cavar um buraco, mas até mesmo aqui, além da força física, ela precisa da cabeça. Assim, ao treinar pessoas para interagir corretamente, nós apresentamos a elas um campo de ação para a mente e os sentimentos. Nós não as deixamos no nível animal, uma vez que a garantia mútua tem relação com o nível humano: isto é, o humano dentro de mim pondera como co-existir com os outros. Nós estamos falando de um desenvolvimento interior, sensitivo.

Não é por acaso que as pessoas hoje estão à procura de interconexão, vão a manifestações e exigem justiça social e unificação universal. Isso é o que lhes falta e nós explicamos que estes são os ditames da Natureza. De acordo com isto, nós mesmos temos que estabelecer uma conexão entre nós. A comunicação mútua, a garantia mútua, é a lei do sistema integral que nós representamos.






Palestra de Nova York #1, 11/9/11 Publicado em 17 de setembro de 2011  no laitman.com.br

Visite: www.garantiamutua.com.br

sábado, 8 de outubro de 2011

O Que Vem em Frente: Conflito ou uma Transição Pacífica?

Eventos recentes indicam que o ódio e descontentamento das pessoas podem irromper a qualquer momento e em qualquer lugar do mundo. É bom saber que há alternativas para conflitos violentos

 

Um cenário incomum se desdobrou em Chicago, no mês de dezembro, onde mais de duzentos trabalhadores irados “pacificamente tomaram conta” de uma fabrica da republica após terem sido abruptamente demitidos sem direito a salário ou quaisquer benefícios. Com o apoio de centenas de membros da união, oficiais e mesmo o Presidente eleito, Barack Obama, no sexto dia, a ocupação terminou com a vitória dos trabalhadores.


Seria mesmo imaginável, há meros quatro meses atrás, que cidadãos americanos teriam que recorrer a uma ação drástica como “tomar conta de uma construção” para simplesmente receber o que é de seu direito? E o que teria acontecido se o incidente tivesse se desdobrado sobre circunstâncias diferentes?


Não precisamos procurar muito para encontrar a resposta. Coincidência ou não, ao mesmo tempo em que ocorreu esse evento em Chicago, um protesto muito mais dramático se desdobrou em Atenas, Grécia, onde um adolescente foi acertado por tiros disparados pela arma de um policial. É estimado que multidões irritadas (protestos) já causaram mais de um bilhão de dólares em estragos. 


O que iniciou rapidamente em Atenas espalhou-se por todo o país e, então, também para outras partes da Europa, incluindo Espanha, Dinamarca, França, Itália e Alemanha. A mídia retratou os protestos violentos como um escape para o profundo descontentamento das pessoas, intensificado pela pressão da crise financeira, massivas demissões que vieram como resultado, e o medo das próximas que podem vir.


As Coisas Podem Ficar Piores?

domingo, 2 de outubro de 2011

ALIMENTAR O MOTOR DO PROGRESSO

Existe um programa natural da evolução considerado “natureza”. A natureza tem um motor próprio que gira e desenrola todo o desenvolvimento, enquanto que nós o seguimos obedientemente por centenas de milhares de anos. E assim tem sido ao longo da história humana na terra.


Mas, ao mesmo tempo, o programa estipula que o homem gradualmente atinge um estado em que ele vai começar a participar no seu próprio trabalho. A força subjacente à natureza continua a influenciar e desenvolver o desejo. E dentro do desejo também cultiva o ponto que tem origem na da raiz da alma. Em um determinado momento, além do desejo de receber prazer, eu começo a ouvir a voz desse ponto no coração. A hora chega quando ele se faz conhecido e exige que o homem o realize.

A realização do ponto ocorre acima do desejo. Assim, o homem sente-se dividido em dois e se vê diante de uma escolha: seguir o seu ego, que é seu desejo corporal (tais como comida, sexo, família, riqueza, poder e conhecimento), ou continuar a elevar esse ponto espiritual e obter as respostas para as perguntas: Quem sou eu?Onde eu comecei? Onde está a força superior? O que é esta vida? Qual é o propósito da existência?

Baal HaSulam, “Um mandamento”: Existem duas partes para a Torá: uma diz respeito ao homem e Deus; outra, o homem e outros relacionam-se ao homem. E eu te chamo para que pelo menos participe e assuma o que diz respeito ao homem e do homem já que assim você também vai aprender a parte que diz respeito ao homem e Deus.

Ao longo da história nos desenvolvemos sob a influência da natureza, o Criador, os genes informacionais (Reshimot), o programa incutido em nós. Desenvolvemos-nos instintivamente, por meio de diferentes necessidades internas que aparecem em nós. Hoje, essa fase está chegando ao fim.

Acontece na vida pessoal de todos. Hoje também acontece no nível global e se manifesta como uma crise integrante global. Nós não sabemos como gerir nossas vidas. De repente, toda a humanidade está descobrindo que ela está perdendo o controle do que está acontecendo. Processos incompreensíveis estão ocorrendo no mundo, e nós já não seguramos as rédeas.

No passado, poderíamos fazer algo, a fim de lidar com a situação, mas hoje não mais.
Gradualmente verificamos que não sabemos como nos aproximarmos um do outro: Uma pessoa diz alguma coisa, e outra não a entende. Não podemos chegar a qualquer acordo, apesar de ver que sem conteúdo comum, mesmo que mínimo, não vamos sobreviver.

O desenvolvimento sob o ditar da natureza, onde tudo era óbvio, onde fazíamos o que nós sentimos e obedecíamos as nossas necessidades de acordo com o nosso interior acabou. Os genes de informações continuam a aparecer em nós, é claro, mas não sabemos o que fazer com eles e não conseguimos identificar o sistema externo em que vivemos. O mundo se tornou um lugar confuso.

Portanto, o método que explica o que fazer nessas novas condições, e o que fazer conosco está sendo revelado somente agora. No entanto, nós não sentimos ainda como é vital o ensino chamado de Torá.

No passado nos desenvolvíamos por meio de uma força interna que constantemente operava em nós e realizava as suas ordens sem saber. Não tínhamos vontade por nossa conta, nós não éramos nem mesmo aqueles que as realizavam. Éramos simplesmente fantoches em uma corda.

Agora, essas manipulações internas estão nos deixando gradualmente. Como se o nosso software interno estivésse congelado e não funcionasse mais. O que as forças da natureza querem de nós? Por que elas pararam de operar e de nos desenvolver?

As forças da natureza querem que nós participemos conscientemente do nosso desenvolvimento de agora em diante. Esta é a fase na qual chegamos.
Mas como vamos saber como participar no nosso desenvolvimento corretamente? Afinal de contas, sem saber isso, não vamos encontrar o nosso sustento na nova realidade e como resultado, vamos receber golpes. Agora, temos de completar o que a natureza costumava fazer.

É por isso que o método da Cabalá nos mostra que o caminho está sendo revelado agora. Ela nos diz como devemos operar, a fim de completar internamente as ordens da Natureza que antes nos desenvolvia. Podemos obter um impulso através da ligação com os outros. É precisamente por esta razão que devemos buscar a conexão com os outros, a fim de encontrar as deficiências e pedir pelas correções que temos que introduzir no nosso programa.

É como se nós jogássemos madeira no fogo e fornecêssemos combustível para o nosso desenvolvimento e, portanto nós avançamos. O combustível pode ser positivo ou negativo. Em um forno, juntamente com o calor da lenha, tem que haver oxigênio e um duto de ar de refrigeração. Nós, também, devemos ter os dois lados da moeda: de um lado, as deficiências, as frustrações, e as trevas, e por outro lado, a Luz, a conexão entre nós, e uma demanda por reciprocidade.

Temos que descobrir tudo isso para criar o novo componente necessário para o nosso desenvolvimento. Se somarmos isso, a força de desenvolvimento vai mudar a nossa situação e nossa evolução vai continuar. Mas se não encontrarmos as deficiências, as metas, as frustrações e as corretas aspirações a “roda do desenvolvimento” não vai virar.

Até agora, quando a nossa participação não era necessária, os genes informativos giravam a roda automaticamente a partir da quebra das almas, os níveis inanimado, vegetativo, e animado. Mas agora, a nossa participação tem se tornado uma condição necessária. Devemos acrescentar o nosso desejo aos Reshimots quebrados de modo que eles serão realizados corretamente.

A realização consiste em duas partes: construíndo os vasos e os enchendo. A construção dos vasos, como Baal HaSulam diz, refere-se a atitude das pessoas com outras pessoas, durante o preenchimento dos vasos relaciona-se com a atitude para com o Criador. Isso é o que temos que dedicar-nos. É claro, devemos primeiro pensar sobre os vasos e só depois em preenchê-los.

É por isso que diz que o amor dos seres criados nos traz para o amor do Criador. Primeiro, devemos nos preocupar com a conexão certa entre nós. Então, o nosso atributo comum de doação certamente manifestará nela e neste atributo, a força superior chamada de “o Criador” será revelada.



Da 5 ª parte da Lição Diária de Cabalá de 23/09/2011: “Um mandamento”
Publicado no Blog laitman.com.br