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domingo, 3 de julho de 2011

CRIANDO UMA MÍDIA QUE SE PREOCUPA



A mídia deve desempenhar um papel chave em transformar o ambiente público de alienação para camaradagem.   A mídia nos fornece quase tudo que sabemos sobre nosso mundo.  Até a informação que recebemos de amigos ou de familiares geralmente nos chega através da mídia. É a versão mais moderna de boatos.


Mas a mídia simplesmente não nos fornece apenas informação. Ela também nos oferece detalhes sobre as pessoas que nós aprovamos ou desaprovamos, e formamos o nosso ponto de vista baseados naquilo que vemos, ouvimos ou lemos na mídia. Porque o seu poder sobre o público é sem rival, se a mídia se voltar para o sentimento de unidade e companheirismo, o mundo a seguirá.

Lamentavelmente, até a erupção da crise financeira, a mídia estava focada nos indivíduos bem sucedidos, nos mongóis da mídia, estrelas mega pop, e indivíduos ultra bem sucedidos que fizeram milhões e bilhões as custas de seus concorrentes. Somente recentemente, como um broto da crise, é que a mídia começou a mostrar atos de compaixão e unidade, tal como os esforços de ensacamento de areia por milhares de voluntários em fargo, na dakota do norte, que uniram forças em março de 2009 para parar a mais alta cheia do rio Vermelho já gravada na história.

Enquanto esta moda é certamente bem vinda, alguns esforços esporádicos e espontâneos não são suficientes para verdadeiramente unir as pessoas. Para realmente mudar nosso ponto de vista, para nos tornarmos  conscientes da existência do desejo de doar, a mídia deveria mostrar a foto completa da realidade e informar-nos de sua estrutura. Para esse propósito, ela deveria criar programas que demonstrem como o desejo de doar afeta todos os níveis da natureza – inanimado, vegetativo, animal e humano -  e encorajem as pessoas a emulá-lo. ao invés dos programas de entrevistas que convidam pessoas que apenas falam de si próprias, por que não receber pessoas que elogiam outros? Afinal, tais exemplos abundam; somente temos que reconhecê-los e trazê-los à atenção do público.

Se a mídia mostrar pessoas preocupadas umas com as outras e explicar que tais imagens irão ajudar a Luz a penetrar em nossas vidas, isso irá mudar o foco do público do egocentrismo para a camaradagem. Hoje o ponto de vista mais popular deveria ser, “a unidade é divertimento – vamos nos juntar à festa”.

Correndo o risco de fazer algumas generalizações, aqui estão alguns fatos e números para reflexão: nossos computadores e televisores são feitos na China e Taiwan; nossos carros são feitos no Japão, Europa e Eua, e nossas roupas são feitas na Índia e China. Também, quase todo mundo assiste filmes de Hollywood, e até o final do ano (2009), a China terá mais pessoas falando inglês do que em qualquer outra parte do Mundo.

E aqui esta realmente um conceito interessante: Facebook, a rede de socialização na internet, tem 175 milhões de usuários ativos no mundo todo. Se facebook fosse um país, seria o sexto maior país no mundo! Realmente, a globalização é um fato, e está nos
mostrando que já estamos unidos. Nós podemos tentar resistir a isso, ou podemos nos juntar e nos beneficiar da diversidade, oportunidades e abundância que a globalização tem nos reservado.

Existem muitos meios da mídia poder nos mostrar que a unidade é um presente. Embora cada cientista saiba que nenhum sistema  na natureza opera em isolamento e que interdependência é o nome do jogo que a maioria de nós não esta consciente disso. Quando virmos como cada órgão trabalha para beneficiar o corpo inteiro, como abelhas que colaboram na colméia, ou um cardume de peixes que nada em  tal conjunto que pode ser tomado por um peixe gigante, como lobos caçam juntos, e como chimpanzés ajudam outros chimpanzés, ou mesmo humanos sem nenhuma recompensa em retorno, saberemos que a lei primária da natureza é harmonia e coexistência.
 a mídia pode e deveria mostrar-nos tais exemplos mais freqüentemente do que o faz.

Quando realizarmos que é assim que a natureza funciona, iremos espontaneamente examinar nossas sociedades e ver se elas estão em uníssono com esta harmonia.  Se nossos pensamentos começarem a mudar nesta direção então, eles criarão um ambiente diferente e introduzirão um espírito de esperança e poder em nossas vidas, antes mesmo de realmente implementarmos esse espírito. Por quê? Porque estaríamos alinhados com a força da natureza – o desejo de doar. Quanto mais conectados nos sentirmos uns aos outros, mais nossa felicidade depende de como eles nos
Vêem.

Se outros aprovam nossas ações e pontos de vista, nos sentimos bem conosco mesmos.  Se eles desaprovam o que nós fazemos ou dizemos, iremos nos sentir mal sobre nós mesmos, esconder nossas ações, ou mesmo modificá-las para adaptá-las às normas sociais. Em outras palavras, porque é tão importante nos sentirmos bem conosco mesmos, é que a mídia está numa posição única em mudar as ações e visões das pessoas.

Não é de surpreender que os políticos sejam as pessoas mais dependentes de avaliações na terra, já que eles vivem todas as suas vidas dependendo de sua popularidade. Se mostrarmos que nós mudamos os nossos valores, eles irão mudar os seus para seguir nossa direção. E um dos mais fáceis e mais efetivos meios de dizer-lhes o que nós valorizamos, é mostrar-lhes o que nós queremos assistir na televisão! Porque políticos querem continuar no seu cargo e temos que mostrar-lhes que se eles querem manter seus cargos, eles devem promover aquilo que nós queremos promover – a união. Quando formos capazes de criar uma mídia que promova a unidade e colaboração ao invés de autogratificação das celebridades, criaremos um ambiente convincente de que a unidade e o equilíbrio entre os desejos são bons.


Extraído do Livro: GARANTA SUA SAÍDA DA CRISE -Michael Laitman, PhD – ParteII cap 9 pag 51 a 54