Páginas

domingo, 10 de julho de 2011

ALCANÇANDO EQUILÍBRIO : SIM, NÓS PODEMOS (E DEVEMOS)


“O ser humano nunca verá o fim do tormento até... que amantes da sabedoria venham para manter o poder político, ou os mantenedores do poder... tornem–se amantes da sabedoria.
Platão, A República


 A mudança proposta não é superficial, mas sim, uma mudança fundamental que vai além de como nós construímos o sistema econômico. É uma  mudança no nosso entendimento da vida, e como obter um resultado, da sociedade que vivemos. Para que esta mudança dure, necessitamos nos conscientizar que em nosso estágio de desenvolvimento humano, nós como indivíduos não podemos prosperar a menos que todo o mundo prospere também.

No passado era suficiente ser bom para nossas famílias. Fazendo isso nós nos equilibrávamos com a força de doar da natureza no único nível de que tínhamos consciência – nossas famílias. Depois disso, como nossas comunidades cresceram, precisávamos tornar-nos conscientes de grupos maiores, e aprendemos que não era o suficiente ser bom apenas para a nossa própria família, mas também oferecer cuidados e bondade para as pessoas da nossa cidade. Isso nos colocou em equilíbrio com as forças de doação ao nível da comunidade.

Depois crescemos mais e necessitamos equilibrar-nos com a força da natureza de doação em nível nacional, além das nossas cidades e famílias. Hoje precisamos fazer o mesmo para todo o mundo. Nossa consciência, se estamos conscientes ou não disso, agora engloba toda a humanidade. Então para nos equilibrarmos com a força de doação da natureza, nós devemos ser positivos e contribuir com todos, em todas as partes.

A conseqüência de não fazer isso é a crise que vemos desdobrando-se diante dos nossos olhos. Isso não é Castigo de alguma força superior, mas um resultado natural da desobediência da lei da natureza, similar a uma dor sentida quando desobedecemos à lei da gravidade e pulamos do telhado sem uma própria preparação ou equipamento. Para nós humanos a nossa melhor defesa é a consciência.

E porque a consciência do desejo da natureza de doar é o nosso primeiro e mais importante instrumento, o que devemos fazer primeiro é ensinar aos nossos políticos sobre o papel e importância do mesmo. Nós devemos mostrar-lhes que nós não estávamos conscientes até agora, e que a falta disso nos nossos pensamentos é a causa desta crise de hoje. Desta forma os políticos, que são mais sensíveis ao que funciona e ao que não funciona, saberão como e o porquê da necessidade de mudar sua política para que sejam adaptadas a este novo requisito atual.

Mas já que políticos e pessoas do Estado vivem o dia a dia num sistema egoísta de políticas, eles rapidamente se tornarão conscientes das discrepâncias entre as imperfeições do sistema falho existente e o perfeito, ou equilibrado. De fato, este processo começou espontaneamente no minuto em que a crise econômica estourou.

O discurso de Barack Obama no dia 20 de janeiro de 2009, na igreja batista Ebenezer em Atlanta, Geórgia, é um belo exemplo de tal consciência: “unidade é a grande necessidade imediata – é  a grande necessidade desta hora. Não porque soa agradável ou
porque nos faz sentir melhor, mas porque e a única maneira pela qual poderemos superar a deficiência que existe em nosso país. Eu não estou falando do déficit do orçamento. Eu não estou falando do déficit das contas de comércio. Eu não estou falando do déficit de  boas idéias ou bons planos. Eu estou falando de uma deficiência moral. Eu estou falando da deficiência da empatia. Eu estou falando de uma incapacidade de nos reconhecer nos outros; entender que somos os guardadores do nosso irmão; que somos os guardadores de nossa irmã; que estamos todos amarrados uns aos outros em uma só peça de vestuário do destino”.

À luz disto, tudo o que nós precisamos fazer é adicionar o adesivo, a substância que irá fazer esta peça de vestuário mais forte, e ao mesmo tempo macia e suave. E esta substância é a consciência de que nos unindo,  estamos nos alinhando com a força de doação da natureza. Alcançar unidade entre os políticos não significa o fim dos debates e dos conflitos, mas com ambos desejos da natureza na mente, conflitos podem tornar-se um terreno fértil para mudanças.

Da mesma forma que a opinião pública muda através da mídia, como já se sabe os políticos não ficarão preocupados em perder seus votos porque eles perderam argumentos políticos. Ao contrario, se um político é capaz de mudar sua visão depois de realizar que é de interesse público tomar uma outra direção, os constituintes irão considerar esta flexibilidade um ato de força. Mais ainda, fazendo isso, os políticos se tornam mais responsáveis pelo sucesso da nova direção, tendo seriamente debatido os seus prós e contras antes de decidirem a seu favor.

Os políticos podem dizer aos eleitores, “veja eu ponderei todas as opções e conclui que a idéia do meu oponente trará maior benefício para o público que a minha, e por isso eu acho que vocês deveriam apoiá-la”. Esta é uma responsabilidade ainda maior do que aquela de “ganhar” o debate. Com esta abordagem, não só a unidade será realçada, mas as idéias serão ensinadas muito mais detalhadamente.

Políticas internacionais deverão tambem mudar da mesma forma. Na era global, cuidar do mundo é muito mais importante que cuidar apenas do nosso País. Naturalmente a moda deverá ser compartilhada por todas as nações para ter sucesso. Será necessário que todos nós saibamos sobre os dois desejos que sustentam as fundações do nosso mundo. Sem este conhecimento, isolamento e protecionismo irão prevalecer e guerras irão estourar. Com isso, finalmente teremos a oportunidade de alcançar a genuína paz mundial.






Garanta Sua Saída da Crise: Como Você Pode Sair Forte da Crise mundial -  Michael Laitman, PhD -  Cap.14, págs 87 a 92