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sábado, 23 de fevereiro de 2008

O Remédio para Qualquer Finalidade


A Organização Mundial da Saúde informa que quase 40 novas doenças surgiram nos últimos 30 anos, mais de 1.100 eventos de epidemia ocorreram nos últimos 5 anos e as doenças mentais se tornaram uma praga. De acordo com a Kabbalah, um único e principal defeito está por trás de tudo isso – o egoísmo humano.

“A situação das doenças é tudo menos estável... Novas doenças surgem num ritmo sem precedentes de uma por ano,” escreve o Diretor-Geral da OMS no recente relatório sobre a saúde mundial.

“Numa tendência particularmente sinistra, os principais antibióticos (substancias usadas contra micróbios prejudiciais) estão falhando numa taxa maior do que o desenvolvimento de novas drogas. Esses perigos se tornaram uma ameaça maior num mundo caracterizado pela alta mobilidade, interdependência econômica e interligações eletrônicas... A vulnerabilidade é universal.”

O nome desse relatório, “Um futuro seguro,” implica uma visão otimista da situação. No entanto, uma rápida olhada na realidade indica que nosso futuro está longe de estar seguro. Esse vasto relatório revela as muitas doenças que estão afetando a humanidade atualmente, bem como as que nos afetarão no futuro. E o que a medicina moderna tem a dizer sobre isso? Bem, as notícias não são muito boas.

Com o aumento de doenças existentes como a diabetes, doenças do coração e depressão, o relatório ainda informa que “Seria extremamente crédulo e complacente assumir que não haverá outra doença como AIDS, Ebola ou SARS, mais cedo ou mais tarde.”

Por que isso está acontecendo conosco?

Parece que os médicos estão tendo dificuldades em trazer respostas claras e diretas para esta questão. No entanto, de acordo com os redatores do relatório, uma coisa é certa: a saúde pública está antes de tudo em risco graças ao comportamento humano.

Embora pareça surpreendente, os cabalistas já escreviam sobre futuras doenças que poderiam afetar a humanidade no século 21. Como os médicos de hoje, eles afirmaram que o homem tem um papel central nessas aflições, e eles ainda nos deram uma possível solução para a ameaça na saúde que encaramos hoje.

Mas o que os cabalistas entendem de medicina?

A medicina moderna define doença como uma interrupção do processo de homeostase – equilíbrio nos nossos corpos. Quando a função de uma célula ou órgão é interrompida, o equilíbrio no corpo também o é. Resultado – ficamos doentes. Para superar a doença, o corpo faz de tudo o que puder para restaurar o equilíbrio em todos os seus sistemas.

No entanto, os cabalistas dizem que o processo de equilíbrio não acontece somente no corpo.

Similar à ciência moderna, a Kabbalah explica que há um processo homeostático em andamento dentro de toda Natureza. Em escritos antigos, os cabalistas descrevem a Natureza como um sistema integral fechado, no qual todas as partes cooperam em perfeito equilíbrio e harmonia. E esse equilíbrio mágico é mantido pela preocupação recíproca entre as diferentes partes da Natureza.

Prof. Guntar Blubel, ganhador do Premio Nobel de fisiologia e medicina, conhecido por sua pesquisa na multiplicação de células, recentemente contou para um repórter do Kabbalah Today que, de acordo com as descobertas da ciência, “O princípio da reciprocidade é a chave para existência de todos os sistemas na Natureza. As células num corpo vivo são o melhor exemplo - Elas se conectam umas às outras presenteando o corpo como um todo. Cada célula recebe tudo que é necessário para sua existência e usa suas forças para cuidar do corpo todo.”

Boa Saúde = Um bom relacionamento com a Natureza

Assim como as células no seu corpo, cada elemento individual, em cada nível da Natureza, age em favor do todo ao qual ele pertence, e assim encontra a sua completude. Quando certo individuo quebra o equilíbrio da Natureza, todos os sistemas da Natureza são imediatamente convocados para nivelar as pressões e restaurar o equilíbrio que foi rompido.

Por exemplo - Quando a pressão interna no centro da Terra aumenta, e a sua camada externa não consegue mais resistir à pressão, um vulcão irrompe. De acordo com a Kabbalah, novas doenças que irrompem hoje são manifestações do aumento do desequilíbrio do relacionamento do homem com a Natureza.

O que geralmente esquecemos é que a humanidade também é parte do sistema integral da Natureza, assim como todos os minerais, plantas e animais. Portanto, as regras que se aplicam aos sistemas integrais da Natureza também se aplicam a nós. Descobrir quais são essas regras é exatamente o que nos permitirá descobrir o motivo – e a solução – dos nossos problemas.

“Tratamento Raiz”

Não é novidade para ninguém que o egoísmo na sociedade humana está constantemente aumentando. Uma pessoa tirar vantagem dos outros, sente prazer com o sofrimento dos outros, e se fortalece com a destruição dos outros. Com essa atitude egoísta, o homem se desvia do curso da Natureza, sistematicamente quebrando a lei do equilíbrio e reciprocidade, e como resultado sofre uma dolorosa reação da própria Natureza.

De uma maneira ou de outra, a Natureza sempre se equilibra quando percebe que está desequilibrada. A atitude egoísta que se tornou prevalente na sociedade moderna é como um bumerangue: sempre volta para nos acertar com mais doenças e outros fenômenos perturbadores que mal conseguimos explicar.

Mesmo com as grandes quantidades de recursos e tecnologia que investimos nos nossos sistemas de saúde, nós mal arranhamos a superfície do problema. Ao invés de tentar lutar com cada sintoma que aparece, está na hora de tratar a raiz do problema – O egoísmo humano.

No entanto, isso não significa que amanhã devemos dizer adeus aos nossos doutores. Ao invés disso, mesmo enquanto continuarmos visitando as clínicas médicas, devemos começar a tratar a raiz do problema e corrigir o egoísmo humano.

A Kabbalah nos mostra como ampliar nossa percepção e ver que todos somos partes do mesmo sistema. Restaurando nosso equilíbrio com a Natureza a maioria das doenças simplesmente desaparecerá, porque a principal causa deixará de existir. Portanto, "corrigir nossos egos", dizem os cabalistas, é o remédio para qualquer finalidade.
Texto original: The All-Purpose Remedy

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Melhor do que o Mundo Virtual!?


Você encontra de tudo aqui, ou pelo menos, qualquer coisa que a mente humana for capaz de conceber. Um mundo inteiro de figuras 3-D vivendo uma vida virtual na palma de sua mão. E tudo o que você precisa é um mouse, um monitor, e muita imaginação. Mas o que é realmente essa tendência para a ‘virtualidade’? O que está por trás dessa paixão pelo virtual?

Ele senta na sua cadeira confortável, digita o endereço no teclado e sai para uma noite na cidade. Ele faz seu caminho para a balada – diferente de qualquer balada que você conheça. Não há paredes concretas, luzes de néon ou pistas de dança. Esse clube existe somente no espaço virtual.

Ainda assim, as pessoas se comportam do mesmo modo que em qualquer outra balada do mundo ocidental: escutam música alta e moderna, dançam apinhadas num piso lotado e bebem uma porção de drinques no bar. Enquanto isso, estão sentadas diante de suas telas de computador em diferentes partes do mundo.

A tela se ilumina com caracteres virtuais em 3-D – desenhados, vestidos e nomeados pelo usuário que os opera. E por trás de cada imagem está uma pessoa real, localizada em algum lugar do planeta.

Num momento, por exemplo, a tela mostra um arquiteto de Milão, um advogado de meia-idade da Dakota do Sul, e um gerente de marketing de Nova Iorque (bem, pelo menos isto é o que eles disseram que são). Eles se reúnem a Dan – um nome falso, claro (seu nome real está codificado e é mantido seguro pelo servidor). Navegamos com ele por um tour, e o observamos pedir uma cerveja virtual no bar virtual, o que lhe custa 10 dólares virtuais.

Os participantes referem-se uns aos outros por apelidos misteriosos: Fada Negra, Príncipe da Luz, Leonardo da Vinci... Mas não há nada estranho nisso – no seu próprio mundo virtual, você pode ser quem quiser. Quatro deles já se conhecem de ‘encontros’ anteriores, mas eles sabem apenas o que cada um escolheu contar aos outros.
E assim começa outra típica noite da segunda – e muitas vezes, secreta – vida de Dan...

Viver dentro de uma tela de 19 polegadas

“Dan” tem 33 anos, é casado e é pai de duas crianças perfeitas. Ele vive com sua família em um duplex em Palo Alto, California. Faz quatro anos que ele se formou em engenharia de computação e logo vai se tornar um gerente sênior numa companhia de alta tecnologia, que entrou com sucesso na bolsa de valores no ano passado.

Como muitos de nós, Dan é um usuário comum da internet – ele navega através das principais notícias de manhã, monitora seus diversos investimentos durante o dia e, como qualquer profissional de respeito, que valoriza o seu tempo, paga suas contas online todos os meses. Até então, tudo bem, é como a vida continua: mundana, eficiente e muito normal.

A mudança na vida de Dan ocorreu há mais ou menos um ano, quando ele entrou pela primeira vez o mundo virtual. De repente ele foi exposto a uma experiência muito diferente de tudo o que ele conhecia. Sua vida normal foi subitamente preenchida com excitação, algo que há muito tempo ele esperava, e ele foi imediatamente arrastado para esse novo mundo. Desde então, ele tem sido um participante regular, junto com outros sete milhões de usuários, em um novo mundo virtual que existe além do tempo e do espaço, chamado ‘Second Life’.

A atração vitual

Mas o que atrai sete milhões de pessoas para um mundo virtual onde elas começam uma espécie de vida completamente nova e diferente?

De acordo com a Kabbalah, o fenômeno do ‘Second Life’ e todos os outros engajamentos virtuais não são mera coincidência. Eles são sintomáticos da mudança que a humanidade está atravessando. Isto é parte de um processo de desenvolvimento em que nós estamos gradualmente nos tornando independentes do nível físico da existência. Em outras palavras, a humanidade está se preparando para seu próximo nível de existência – o mundo espiritual.

Se você examinar esse processo, você verá que nossa atração pela realidade virtual começou muito antes da recente moda do ‘Second Life’. Na medida em que a tecnologia moderna se desenvolveu, a maioria das profissões começou a apoiar-se na informação que poderiam acessar – e a informação é virtual por natureza. Essa comodidade virtual – a informação – tornou-se vital para nós.

Corporações gigantes e magnatas apóiam-se nisso, processam isto, investem fortunas para assegurar isto, e eventualmente vendem isto por cifras astronômicas (alguém falou em Youtube?).

Outro fator que fez da realidade virtual uma parte essencial de nossas vidas é a nossa crescente necessidade de nos tornarmos globais. Por exemplo, nós podemos armazenar fotos e vídeos na rede e compartilhá-las com a tia Sharon em LA e o tio Frank em Londres – simultaneamente. Com as comunicações da internet, conseguimos facilmente, e a baixo custo, vencer as diferenças de tempo e espaço entre os continentes. É como se nós estivéssemos começando a transcender os limites do mundo físico.

Considerando esse processo de ‘virtualização’, é natural que sete milhões de pessoas (e a lista está crescendo enquanto falamos) estejam levando vidas inteiramente virtuais, em paralelo às suas vidas físicas.

A fuga para o mundo virtual

Porém, a Kabbalah explica que há outro aspecto nesse processo: nossas tentativas de encontrar refúgio em outra dimensão também têm raiz no fato de que nossas vidas ‘reais’ tornaram-se difíceis e tediosas, e que ansiamos por escapar para outro mundo.

Por toda a parte, a humanidade está experimentando uma crise crescente, sinalizada por abuso de drogas, depressão, falência do sistema educacional, desintegração da unidade familiar, desigualdade social e assim por diante.

Como estamos começando a perder a esperança que as coisas melhorem no nível físico, procuramos por outra dimensão, um lugar em que possamos esquecer todos os nossos problemas terrenos. Por isso, estamos construindo mais e mais cenários que forneçam uma distração rápida, excitação e tranqüilidade – tudo o que não encontramos em nossas vidas físicas rotineiras.

O próximo passo

Então o que vem a seguir? Vamos todos nos mudar para o mundo virtual, beber cerveja virtual e flutuar como Dan e seus amigos virtuais? Provavelmente, não. Porém, ‘Second Life’ não é um mau prelúdio para o próximo passo da humanidade.

Como mencionado, nossa atração atual pelo mundo virtual não é apenas coincidência. A Kabbalah explica que esta é uma expressão de nossa urgência, profundamente enraizada, de realizar o nível espiritual de nossa existência – um nível que é perfeito, eterno e sem fronteiras.

De acordo com a Kabbalah, essa urgência latente veio se desenvolvendo na humanidade por milênios. Porém, enquanto no passado podíamos sossegar com nossas experiências limitadas do mundo físico, hoje, a urgência pela espiritualidade está emergindo em mais e mais pessoas, e exigindo realização. Não conseguimos mais nos satisfazer realmente apenas com aquilo que o mundo físico tem a oferecer.

Assim, nossa atração pelo mundo virtual na verdade indica grandes progressos na evolução da humanidade. Ela desempenha um importante papel no preparo da humanidade para a espiritualidade. De fato, todos os nossos negócios virtuais estão nos preparando para nos destacarmos da matéria, nos desconectarmos de nossa identidade corpórea e transcendermos as limitações de tempo, espaço e movimento. Isso acontece mesmo que não estejamos conscientes – apenas enviando um e-mail, a atividade mais comum de hoje, nós eliminamos a distância entre nós, e conectamos um extremo do mundo a outro.

Porém, o mundo virtual não é mais que preparação. Os cabalistas explicam que na medida em que o desejo pela espiritualidade continua a revelar-se dentro de nós, sentimos mais e mais que não podemos existir apenas no nível físico. E ao final mesmo nossas realizações virtuais não serão suficientes para nós – teremos que aprender como entrar, de fato, no mundo espiritual, e viver ali.

Felizmente, o meio para fazer isto já existe. A sabedoria da Kabbalah está aguardando pacientemente para ser usada por qualquer um que se sinta pronto. Os cabalistas explicam que tão logo comecemos nosso caminho espiritual, descobriremos uma abundância de Lua que brilha com mais intensidade que qualquer coloração de alta resolução. Mas essa Luz não vai tremeluzir brevemente na tela do computador e então desaparece quando você voltar para a ‘vida real’. Ela se tornará a Vida Real – que é preenchida sem fim com a Luz da eternidade e da perfeição.

Texto original:
Better than the Virtual World!?

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

O Segredo da Magia de Harry Potter


Um fenômeno literário sem precedentes surgiu nos últimos dez anos. O seu nome é “Harry Potter”. Até hoje, a série contendo sete livros já vendeu mais de 325 milhões de cópias no mundo inteiro. Harry Potter já foi traduzido para 65 línguas, algumas delas realmente bizarras, como latin e zulu. O último livro da série vendeu oito milhões de cópias em apenas uma noite, e, só nos Estado Unidos, milhares de cópias são vendidas por hora. Para entender tanto sucesso, considere o seguinte: o único livro que já vendeu mais cópias do que a série Harry Potter é a Bíblia.


Por que tanta comoção?


Harry, o amigável jovem “quatro olhos”, que freqüenta a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, deve lutar contra malignos bruxos e monstros para salvar a raça humana. Mas as lutas de Harry não são um fenômeno único. Elas são o resultado de uma crescente atração global ao misticismo, daí o sucesso do jovem Potter.

Com Harry vieram outros sucessos cinematográficos, como Matrix e O Senhor dos Anéis. Podemos dar muitos outros exemplos, mas a idéia está clara: nós gostamos de fantasia. O que é que nos atrai no misticismo? O que estamos tentando encontrar lá que não conseguimos encontrar em outro lugar? Acreditamos mesmo que tais lugares encantados e poderes mágicos existem, ou estamos apenas tentando escapar a nossa sombria realidade?

Uma Jornada ao Mundo da Fantasia


No nosso âmago, existe uma inerente vontade de descobrir um nível de realidade mais profundo – completo, livre, sem limites de tempo e espaço. De baixo do limiar da nossa consciência, existe um desejo de entender as forças que governam a realidade que vemos diante de nós.

Até certo ponto, histórias de fantasia satisfazem essa nossa necessidade e nos dão um substituto temporário à realidade mais profunda que estamos procurando. Essas histórias nos conduzem a mundos alternativos, encantados e misteriosos, e nos contam de outras dimensões, governadas por grandiosos poderes legendários que podem mudar o nosso mundo.

A infância é um bom momento para falarmos do sentido da vida. Constantemente, com a inocência de uma criança, nós tentamos esclarecer para nós mesmos quem somos nós e de onde viemos. Quando uma pessoa querida vem a falecer, somos levados a perguntar sobre o sentido da vida e da morte.

Histórias de fantasia oferecem respostas mágicas para perguntas que achamos difíceis de responder; flutuamos por suas páginas em direção a destinos remotos, onde inúmeras aventuras acontecem, e de onde sempre voltamos em segurança para nossas casas. O problema é que conforme crescemos, a vida se torna tediosa e sem graça, como a vida sem nenhum charme da comunidade Trouxa, sem ancestrais magos.

Conforme crescemos e nos tornamos adultos “responsáveis”, esquecemos os nossos questionamentos sobre a vida, e os enterramos debaixo dos nossos implacáveis compromissos com o mundo adulto. O nosso crescente interesse em histórias de fantasia surgiu porque as complicações das nossas vidas no século 21 subitamente re-despertaram o nosso desejo por uma realidade alternativa mais interessante.

Uma Plataforma para o Infinito


Você se lembra da Plataforma Nove e Meio na estação de trem King’s Cross em Londres? O jovem Potter foi informado em uma carta da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts que lá que ele deveria embarcar no trem para o mundo da magia. Mas para chegar à plataforma, Harry tinha que atravessar uma parede aparentemente bastante sólida, a barreira entre o nosso mundo (Trouxa) e o mundo da magia. Sem ajuda, ele nunca teria como saber o que tinha que fazer para atravessar.

De maneira bastante similar, em uma de suas cartas, Baal HaSulam, o maior Cabalista do século vinte, contou para os seus alunos a história do primeiro contato com o mundo espiritual. Ele também descreve uma parede, mas ao invés de passar por cima dela, tudo o que você precisa é adquirir a intenção certa e a parede irá desaparecer. A nossa ajuda para atravessar a barreira são os livros de Cabala e os professores da Cabala, que descrevem o que precisamos fazer para adquirir a intenção certa.

A Palavra Mágica é “Amor”


Como na escola de magia, o mundo espiritual também tem suas próprias “corujas” – os Cabalistas. Nos seus livros, eles já nos têm “enviado convites” para entrarmos no mundo espiritual há vários séculos, descrevendo a abundância que encontraremos se simplesmente seguirmos os seus passos. Mesmo assim, a grande maioria de nós ainda não procurou essa entrada. Ou desconhecíamos a existência de Cabalistas, desconhecíamos que estamos sendo convidados a participar do mágico mundo do espírito, ou simplesmente recusamos o convite.

Mesmo assim, a sabedoria da Cabala está esperando para nos guiar para dentro de um impressionante mundo de sabedoria. Ela pode nos ensinar como vencer as dificuldades da vida, seus desafios e dilemas, e ela pode nos ajudar a nos unirmos uns aos outros com amor. Os livros de Cabala podem restaurar o charme que perdemos na adolescência e nos mostrar que estamos destinados à grandeza.

Podemos descobrir que o mundo encantado que a humanidade esteve procurando em Alice, Nárnia, Oz e em Harry Potter está, na verdade, bem ali na esquina, não em outra vida, mas simplesmente em outra intenção. A verdadeira mágica está dentro de nós, e a palavra que põe essa mágica para funcionar é “amor”.

Artigo original: The Secret of Harry's Magic

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Desvendando o Código da Felicidade


Na Cabala – a ciência da felicidade – a felicidade deixa de ser um mistério. Essa noção tão vaga pode ser dividida em partes e compreendida. E assim como e=mc2, existe uma fórmula para a felicidade plena.

“Rápido: pense numa coisa que te faria muito, muito feliz.”

Esse foi o tema da revista Newsweek em maio de 2007. Os maiores psicólogos, sociólogos, biólogos e economistas tentaram responder à eterna pergunta: “qual o segredo da felicidade?”, ou melhor, “o que é necessário para que sejamos felizes?”

Dinheiro na Mão

“Talvez o dinheiro?” foi a pergunta dos pesquisadores. “Se eu tivesse mais dinheiro,” como diria um típico sonhador, “eu poderia ter ou fazer tudo o que eu quero: viajar pelo mundo, comprar o que me der vontade, ser independente, tomar conta da minha vida... resumindo, o dinheiro tem que me fazer feliz, certo?”

Surpreendentemente (ou não), muitos estudos recentes mostram que assim que nós conseguimos o suficiente para satisfazer as nossas necessidades básicas, o dinheiro deixa de nos fazer felizes. Um famoso estudo mostrou que mesmo os ganhadores de loteria, que ficaram muito, muito felizes quando ganharam, rapidamente perderam a euforia. Depois de um tempo, o estado emocional deles voltou a ser o mesmo de antes de ganharem o prêmio.

Na verdade, assim que conseguimos mais dinheiro do que o suficiente para as nossas necessidades básicas, a nossa habilidade de aproveitá-lo é obscurecida por perguntas como, “será que eu ganho mais que fulano?” Porque não importa o quanto você ganha, sempre tem alguém ganhando mais.

Economia da Felicidade

E o tempo livre? Se trabalhássemos menos, teríamos a tão sonhada felicidade?

Os pesquisadores da felicidade também descartam essa hipótese de cara. No “Mapa Mundial da Felicidade”, recentemente publicado pela faculdade de psicologia da universidade de Leicester na Inglaterra, os ocupadíssimos americanos conseguiram um impressionante 23º lugar, enquanto os franceses, que contam com muito mais férias e tempo livre, ficaram em 62°.

Uma por uma, os pesquisadores da felicidade rebateram todas as teorias mais comuns sobre o caminho para a felicidade. Eles concluíram que, à longo prazo, coisas como uma carreira de sucesso, um casamento feliz, e mesmo uma boa saúde não garantem a nossa felicidade.

Então o que nos faria felizes? Essa é precisamente a pergunta que deixou os pesquisadores atordoados. De certa forma, é mais fácil identificar o que não nos faz feliz do que oferecer uma fórmula prática para a verdadeira felicidade.

“A ‘felicidade’ está em toda parte – Na lista dos best-sellers, na cabeça de administradores e rodeando os economistas – e ainda assim permanece indefinida,” concluiu Rana Foroohar, editora da revista Newsweek.

A Mecânica da Felicidade

Para desvendar o código da felicidade, temos que começar descobrindo o que nós realmente somos, qual é a nossa natureza. E isso é algo muito simples: nós somos o desejo se ser feliz. Em outras palavras, todos nós queremos prazer, alegria, ou como a Cabala define, nós somos o “desejo de receber”.

“... O desejo de receber constitui toda a matéria da criação, do seu começo até o seu fim. ... todos os vários tipos de criaturas e as suas variedades são apenas gradações e valores modificados do desejo de receber”
Cabalista Yehuda Ashlag (Baal Hasulam), “Prefácio à sabedoria da Cabala”.

Talvez isso soe como algo que você já saiba. Mas a nossa natureza, o desejo de receber, é mais sofisticado do que nós podemos imaginar. Não é apenas um desejo constante que está sempre nos empurrando a encontrar a felicidade. Esse desejo de receber motiva tudo que nós fazemos, todos os pensamentos que nós temos.

O desejo de receber procura satisfação a cada momento, e garante que nós não descansemos antes de satisfazer as suas demandas. Ele também determina constantemente como nos sentimos: se ele está satisfeito, nós ficamos felizes, nos sentimos bem, a vida é uma música; caso contrário, nos tornamos frustrados, nervosos, deprimidos e até mesmo violentos e suicidas.

Talvez você já tenha adivinhado isso também. Mas o que nós geralmente não percebemos – e isso é a chave para desvendar o código da felicidade – é o fato de que assim que o nosso “desejo de receber” é satisfeito, o prazer que sentimos desaparece.

O grande autor irlandês, Oscar Wilde, certamente sabia disso quando escreveu, “Nesse mundo só há duas tragédias. Uma é não conseguir o que se quer, e a outra é conseguir. Essa última é muito pior; essa última é uma verdadeira tragédia.”

A Cabala explica a mecânica desse processo: inicialmente, nós queremos alguma coisa e nos esforçamos para adquiri-la. Quando conseguimos o que desejamos, sentimos prazer, alegria, deleite. Ou, na linguagem da Cabala, o primeiro encontro entre o desejo e a sua satisfação é o ponto do prazer.

Até aqui tudo bem – mas o processo ainda não terminou. No momento que conseguimos a coisa que queríamos, o desejo se abate. Em outras palavras, nós gradualmente deixamos de querer o que nós alcançamos, e como resultado, o nosso prazer começa a se esvair... Até que ele desapareça completamente.

Por exemplo, você sabe como é quando está com muita fome: você poderia comer um boi inteiro (vegetarianos: considerem que esse boi é de glúten) Mas o que acontece quando você começa a comer?

A primeira mordida é puro êxtase, e a seguinte é maravilhosa. A outra é boa, e a que vem em seguida é... ok. A próxima é... tanto faz. E a próxima é: “não agüento comer mais nada, acho que vou passar mal...”

Isso acontece com tudo, não só com comida. Podemos passar anos sonhando com um carro bacana e quando finalmente o compramos, ficamos empolgadíssimos – bem, pelo menos por alguns momentos ou dias. Mas logo acabamos nos empolgando cada vez menos com o carro, até que ele deixa de nos dar qualquer tipo de prazer. E então toda vez que olhamos para o carro, a única coisa que sentimos é o peso do empréstimo gigante que nós temos que pagar pelos próximos dez anos!

O professor de economia Richard Easterling da universidade do sul da Califórnia, um pioneiro na pesquisa da felicidade, chama esse fenômeno de “adaptação hedonista,” que significa que “nós compramos um carro novo, e nos acostumamos com ele. Nós compramos roupas novas, e nos acostumamos de novo... Nós nos ajustamos muito rapidamente aos prazeres que conseguimos...”

Mas esse não pode ser o fim da história, pode? Afinal, mesmo descrevendo isso, todos nós aqui esperamos encontrar o prazer duradouro. Será que a Natureza nos colocou nesse círculo vicioso para nos manter eternamente infelizes? Poderia a felicidade ser só um conto de fadas, uma história de Papai Noel que nunca se tornará realidade?

A Fórmula (Secreta) da Felicidade

Felizmente, a Cabala explica que a Natureza não é nem um pouco cruel; na verdade, o seu único desejo é nos trazer a felicidade que buscamos. Se a nossa aspiração à felicidade não fosse para ser atingida, nós nem mesmo a teríamos. O propósito da Natureza é permitir que nós independentemente atinjamos uma sensação de completa e total felicidade – não uma felicidade “mais ou menos” ou uma felicidade “na maioria das vezes”, mas uma felicidade que é absoluta, perfeita, e eterna.

E nós estamos muito mais perto do que pensamos. Na verdade, a recente tendência da pesquisa da felicidade e a nossa crescente percepção de que nunca estamos satisfeitos nos deixou mais próximos da felicidade verdadeira. Estamos começando a identificar um padrão: a felicidade não tem nada a ver com quanto dinheiro nós ganhamos ou com a qualidade do nosso casamento – na verdade, ela não tem nada a ver com nenhum outro tipo de prazer que nós tentamos receber. Estamos começando a descobrir o fato fundamental de que a felicidade só pode ser sentida usando-se um princípio diferente de prazer.

Nesse ponto, a Cabala nos ajuda a resolver o problema da felicidade na sua raiz. Já explicamos por que nós nunca sentimos um prazer duradouro em nada: porque assim que o prazer encontra o desejo, o desejo é neutralizado. E como o desejo é neutralizado, não podemos mais desfrutar do prazer.

A Cabala explica, portanto, que o segredo da felicidade é adicionar outro ingrediente nesse processo, o ingrediente da “intenção.” Isso significa que nós continuamos desejando como antes, só que invertemos o nosso desejo: nós o direcionamos para fora, como se estivéssemos doando para outra pessoa. Em outras palavras, essa intenção transforma o nosso desejo em uma “porta de passagem” para o prazer. Assim, o prazer que sentimos não para; ele vai continuar a passar por nosso desejo, seguindo a nossa intenção. E o nosso desejo será capaz de receber continuamente, sem nunca ser abatido.

E essa é a fórmula para o prazer interminável, ou felicidade duradoura. Quando uma pessoa aplica essa fórmula, ela gradualmente passa por uma profunda transição e começa a sentir diferentes tipos de prazeres. A Cabala chama esses prazeres de “prazeres espirituais”, e são precisamente esses os prazeres intermináveis.

Concluindo – um Pequeno Sumário

O que é a felicidade?

É o que sentimos quando nós saciamos o nosso “desejo de receber.”

Por que ela vai embora?

Porque o prazer neutraliza o nosso desejo, e sem um desejo, nós não conseguimos sentir prazer.

Qual é a formula do prazer interminável?

Adicionar uma “intenção de doar” ao nosso “desejo de receber,” para que o prazer continue a fluir pelo nosso desejo, interminavelmente.

A verdadeira felicidade está bem ao nosso lado, esperando que aprendamos como senti-la, como adicionar uma intenção ao nosso desejo. Estudando Cabala, nós naturalmente adquirimos essa nova intenção espiritual, e começamos a receber da maneira que a natureza quer que recebamos – perfeitamente. É por isso que “Kabbalah” em hebraico quer dizer “recepção” – é a sabedoria que nos ensina como receber.

Artigo original: Cracking the Happiness Code